sábado, 24 de novembro de 2012

porque a gripe se me aterrou aqui


Do meio da testa ao nariz, e porque o gengibre já deu mais resultado, ficam umas leituras para o fim-de-semana chuvoso. O que as une é a fuga como forma de resistência e a sua problematização por relação a Estados-nações e políticas de mobilidade.
O do Scott promete encantar o mundo (ainda não o li). O outro, do Mezzadra, aproveita para resenhar textos pouco conhecidos do jovem Max Weber, e de outros autores das migrações, tendo talvez um teor mais académico. Isto sem deixar de lado preocupações da militância, o que faz um bem danado à tosse.

Do camandro, ambos os dois, é o que se diz.
E o que é que a gripe tem que ver com isto? Pouco, muito pouco.
Não, febre não tenho. Às vezes apetece atirar livros por aí.

pêdêéfe ao clicar no boneco









 
informações da editora ao clicar no quadradito verde





sexta-feira, 9 de novembro de 2012

ainda sobre o governo dos estômagos



Há por aí uma série de documentos para a sua história.

desfulanizar Isabel Jonet


clicar aqui para aceder a pêdêéfe pirata, não vá faltar pró bife'n'roll

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

And I absorb back in the words, hey sit there festering inside my bowels...*

* Consequence of Sound (Regina Spektor)

Faz todo o sentido que Isabel Jonet se venha a esforçar por convencer o pessoal de que a austeridade é culpa de quem se atreve a pedir empréstimos para comer bifes em vez de aceitar de cabeça baixa o pacote de arroz do Banco Alimentar. Aliás, o sonho mais secreto de Isabel Jonet é que Portugal se venha a assemelhar àqueles países em "emergência humanitária" onde a agricultura local é esmagada pelas papas de arroz com milho que as ONG distribuem pelas populações famintas e deficientes em proteínas, convenientemente sem forças para sair do aldeamento caritativo.


Que fique de uma vez por todas claro: o Banco Alimentar, à semelhança de tantas as organizações do 3º sector (atrevo-me a dizer que a maioria das que têm visibilidade), não servem para ajudar ninguém, mas sim para sustentar os estatutos sociais dos(as) seus/suas presidentes, não raras vezes membros de uma burguesia salazarenta e com ligações privilegiadas aos partidos do poder que vão transferindo para elas dinheiros públicos que deviam ser distribuídos de forma justa pelo Estado e não de forma arbitrárias pelos funcionários destas organizações privadas. Desafio que quiser aceitar o desafio a procurar na sua cidade os armazéns onde o BA armazena as doações (não é difícil, pois dependendo da dimensão da cidade conhece-se sempre alguém que conhece alguém que conhece alguém que aluga ou cede um armazém ao BA) e a contabilizar a comida fora de prazo que lá se encontra. Basta este exercício e as palavras tão esclarecedoras da senhora nos meios de comunicação (nem quero imaginar o que deve dizer em privado!) para perceber que a principal finalidade do BA não é matar a fome de ninguém, mas sim manter a Isabel Jonet nas elites.

domingo, 4 de novembro de 2012

O conceito de Labirinto e a teoria da Deriva (Internacional Situacionismo)




Dois pontos de reflexão para hoje:

1."O lugar labiríntico reside em ser desenhado, só existe enquanto trajeto, travessia. Não se consegue saber se estamos entrando ou saindo, nem reconhecer seus limites e suas fronteiras".

2. "O urbanismo não existe, não é mais do que uma ideologia. A arquitetura sim existe, igual à Coca-Cola. Um produto revestido de ideologia, mas real, que satisfaz de uma maneira falsa uma necessidade falsa."

Guy Debord   





«O Labirinto era utilizado como referência ideológica pela concepção dinâmica do seu espaço, oposto à perspectiva estática das linhas ortogonais. Além disso, também associado a uma estrutura de organização mental e um possível método de criação baseado no vagar, vagabundear, nos trajectos e caminhos com saídas luminosas e reclusões trágicas, um tipo de mobilidade generalizada.
A Internacional Situacionista propõe o abandono do modo euclidiano de figuração do espaço, dizem não aos pontos fixos de orientação para as visadas que segundo eles reduzia a distância psíquica entre o objecto e o sujeito. Não admitiam mais o "fazer soberano".»